Mesmo com nível de escolaridade mais alto e aumento de inserção no mercado de trabalho, mulheres ainda acumulam uma série de desvantagens.
Mariana Pimentel
As mulheres brasileiras são maioria nas universidades, é o que dizem as pesquisas. De acordo com o Censo da Educação Superior de 2013, elaborado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), o maior número de matrículas efetuadas nos cursos nas modalidades presencial e a distância é referente ao sexo feminino. A mesma coisa acontece com os números referentes a conclusão do curso: As mulheres concluem cursos de graduação mais do que os homens, com aproximadamente 20% de diferença.
Preferências e exceções
O Censo afirma também que a preferência geral do
sexo feminino são pelas áreas de Educação e Saúde, enquanto o sexto masculino
procura por cursos nas áreas de Engenharia e Computação em maioria. Porém essa
realidade vem mudando com o passar dos anos. É o caso de Ana Firmino, estudante
do 4º período de Engenharia de Petróleo. Ela afirma que existe um bom número de
mulheres em sua turma, mas o número de homens é maior. Porém, na turma anterior
a dela, as mulheres são maioria. "Quanto aos colegas, não sinto nenhuma
diferença no tratamento, nem me disseram algo que me menosprezasse e duvidasse
da capacidade das mulheres no curso" comenta. Porém, a relação autoritária
diferenciada às mulheres ainda existe e a imagem de alguns professores é
relacionada às investidas desrespeitosas direcionadas as alunas.
Desafios
Mesmo sendo maioria na conclusão dos cursos de
graduação e ampliando as áreas de atuação e estudo, quando as mulheres chegam
ao mercado de trabalho, o salário delas é menor em relação aos homens com um
nível igual de escolaridade e na mesma área de atuação. De acordo com dados do
Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE), no setor do comércio a
diferença de salário entre homens e mulheres com nível superior chega a ser de
R$ 1.653,70 a mais para os homens.
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