CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2016 É UM PASSO PARA A IGREJA CONSTITUIR AINDA MAIS O MEIO SOCIAL
Por:
Luciana Gois
Com o tema “Casa comum, nossa responsabilidade”, a campanha da
fraternidade 2016, organizada pela igreja católica, procura integrar a
sociedade com o problema de saneamento básico no mundo, buscando conscientizar
fiéis, ou não, em cuidar da natureza e lutarem por uma qualidade de vida digna
a todos, mas outra vez a campanha traz a proposta ecumênica e, assim, conta com
a ajuda de outras religiões.
Ao despertar o desejo de servir ao âmbito social, além da religião, a
igreja católica propaga mais um ano da Campanha da Fraternidade e agora com o
intuito de informar os problemas de água, esgoto e as consequências que o mundo
sofre com o mau uso da natureza, a nossa “casa comum”. Conforme a pesquisa divulgada pelo SNIS(Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico –2013), e usada como
suporte para a construção do texto base da campanha, aproximadamente
82% da população brasileira têm acesso à água tratada e mais de 100 milhões de
pessoas no Brasil ainda não possuem coleta de esgotos, sendo apenas 39% destes
esgotos tratados. Mais de 4.000 crianças morrem por ano por falta de acesso a
água potável e ao saneamento básico. Os dados se tornam ainda mais alarmantes
quando divulgado que na América Latina as pessoas têm mais acessos aos
celulares que aos banheiros, sendo 120 milhões de cidadãos sem usufruir do meio. E esse é o ponto que a igreja quer chamar
atenção, não basta saber da dificuldade tem que mudar esse cenário.
De acordo com o pároco da igreja Santo Antônio em
Aracaju, Frei Jonaldo Adelino de Souza, a igreja traz soluções para o
enfrentamento dessa crise de degradação do meio ambiente, “entre elas, a
separação do lixo, facilitando o processo de reciclagem de produtos, copos,
talheres, pilhas e utensílios”, conta. E ele continua, “há ainda o controle do
desperdício de água com banhos mais curtos, não lavar o carro toda semana. A
responsabilidade é das autoridades, mas também é nossa, que não tomamos
consciência e haverá um dia que faltará água no planeta”.
O leigo Marcos Paulo de Melo, fala que é essencial ação como esta da igreja, visto que mobiliza os religiosos a mudar seu âmbito social. “Move a comunidade a refletir sobre problemas do nosso dia a dia. Não fica só na simples oração sem a ação que se faz concreta. Exemplo, a minha comunidade já se sentiu tocada com o tema, tanto é que estamos querendo revitalizar a lateral da igreja que por anos é depósito de lixo a céu aberto”, declara. E ele complementa dizendo que o estimulo para que a família e a comunidade participem também é importante, porque desta maneira a ação se torna maior.
O leigo Marcos Paulo de Melo, fala que é essencial ação como esta da igreja, visto que mobiliza os religiosos a mudar seu âmbito social. “Move a comunidade a refletir sobre problemas do nosso dia a dia. Não fica só na simples oração sem a ação que se faz concreta. Exemplo, a minha comunidade já se sentiu tocada com o tema, tanto é que estamos querendo revitalizar a lateral da igreja que por anos é depósito de lixo a céu aberto”, declara. E ele complementa dizendo que o estimulo para que a família e a comunidade participem também é importante, porque desta maneira a ação se torna maior.
A Campanha
Além do papel conscientizador, este projeto tem como intuito viabilizar
recursos para comunidades carentes que sofrem com a injustiça social. Todos os
anos são desenvolvidos projetos de arrecadação de dinheiro para serem
distribuídos em várias localidades do país.
O processo de coleta acontece com os
seguintes procedimentos: na semana santa as igrejas de todo o Brasil recebem
envelopes que são distribuídos aos fiéis na missa, levando-os para casa e
trazendo de volta com a colaboração em dinheiro na missa de páscoa. Após a
devolução em cada igreja, são recolhidos e devolvidos para as arquidioceses,
que passarão para o conselho nacional e depois são repassados para as
comunidades carentes brasileiras.
A campanha é lançada durante o período quaresmal, celebrado pela igreja
católica, no qual religiosos preparam seu interior para conscientizar-se dos
sofrimentos de Jesus e, dessa forma, é o momento mais oportuno para igreja promover
a campanha, como afirma Frei Jonaldo, ao dizer que “a quaresma é tempo de
conversão, propício para viver transformações”. Assim como o rito é finalizado
com a chegada da páscoa, a divulgação da campanha também é, mas não significa
que o fim da intensificação da discussão do tema não seja mais vivido, segue o
ano todo como aparato para a igreja e a sociedade.
Igrejas unidas em prol do bem comum
Com o quarto ano de campanha ecumênica, ou seja, contando com o apoio de
outras religiões que decidiram engajar-se na ação, a Campanha da Fraternidade
2016 traz novamente um tema mundialmente sensibilizador, e com a reunião de uma
quantia maior de fiéis com variadas crenças, o alcance da mensagem da campanha torna-se
ainda maior.
Esse ano o movimento conta com o auxílio do CONIC - Conselho Nacional de
Igrejas Cristãs, formado pela Igreja
Evangélica de Confissão Luterana no Brasil; A Igreja Episcopal Anglicana do
Brasil; A Igreja Presbiteriana Unida do Brasil; e A Igreja Sirian
Ortodoxo de Antioquia. Além das
religiões presentes no CONIC, outras aderiram à campanha de 2016, foram: o
Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular (CESEEP), Visão
Mundial, Aliança de Batistas do Brasil, conforme afirma a assessoria de
imprensa da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos no Brasil).
Confira abaixo o hino oficial da Campanha da Fraternidade 2016.
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Luciana Góis meu orgulho! Gostei bastante da construção da matéria.
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