Na tarde do último sábado (12), a equipe do Lagarto
Futebol Clube foi até o município de Tobias Barreto para enfrentar o Amadense
no estádio Brejeirão pela primeira rodada do Quadrangular da Permanência. Na
ocasião, o alviverde empatou o jogo em 1 a 1 estando com um jogador a mais em
campo.
A história parece normal, mas não é. Desde que a
temporada 2016 começou, o Lagarto FC vem perdendo ou empatando jogos com os
seus adversários dentro e/ou fora de “casa”. Na primeira fase do Sergipão 2016,
o time lagartense só conseguiu vencer uma equipe, obter três empates e cinco
derrotas. Com isso, o referido foi obrigado a disputar o popular “quadrangular
da morte” – que dá acesso a segunda divisão ou a Copa Governador do Estado -,
mas a sua estreia ascendeu novamente a luz vermelha porque o time, como em
praticamente toda a primeira fase do Sergipão 2016, quase não jogou bola no
segundo tempo. Em 2015, o Lagarto FC terminou a sua apresentação no referido campeonato em
terceiro lugar.
Diante desta situação difícil, a nossa equipe foi
conversar com o presidente do Lagarto FC, Aloísio Andrade, o popular Prefeitinho, que em sua avaliação
sobre a atuação do clube em 2016 afirmou que: “A atuação do Lagarto em relação
ao do ano passado não foi boa. E se fossemos dar uma nota, eu daria nota três ao Lagarto”. O presidente acredita que
“faltou entrosamento, união dos jogadores e muitas deficiências dos treinadores
que por lá passaram” para alcançar o resultado esperado tanto pelo clube,
quanto pela torcida. Sem falar
Questionado sobre os erros cometidos, Prefeitinho disse
que além de fatores como a desunião da equipe, e a falta de adaptação dos
jogadores aos dois treinadores, a escolha dos atletas pelos técnicos que por lá
passaram colaboraram para os resultados. O Lagarto já teve dois treinadores: O
Edmilson Santos, e o Carlinhos Riachão – Hoje auxiliar técnico do time -, mas
vale ressaltar que antes da temporada começar, a maioria do elenco foi
escolhida pelo técnico Elenilson Santos que decidiu não comandar o alviverde
antes do inicio da temporada, e quando o Edmilson chegou trouxe consigo mais
sete jogadores. Após um pequeno período, o time dispensou em torno de oito
jogadores, e contratou seis que estão distribuídos pelos três setores do campo,
mas segundo o atual técnico, Williams Rodrigues, “o time precisa de alguns
reforços no meio campo”.
Desde que chegou, o Técnico Williams Rodrigues –
conhecido por salvar equipes do rebaixamento – vem fazendo alguns ajustes no
Lagarto. Em duas semanas de trabalho, o treinador empatou com o Confiança –
campeão da primeira fase - e com o Amadense, ele já trouxe dois jogadores para
o time – Muribeca e Wanderson -, pediu mais jogadores, mas devido a atual
situação, a diretoria alega não ter dinheiro.
Cofres
vazios
A falta de
dinheiro no caixa do time se deve a elementos como: pagamento de dívidas
deixadas pelos antigos dirigentes do Atlético Clube Lagartense – hoje Lagarto
FC -; contratação, transferência e dispensa de jogadores; despesas com
transporte, e funcionários do estádio Mendonção – atual ‘casado clube lagartense’ -; a fuga dos torcedores do campo, e o
corte de verbas oriundos dos patrocinadores que segundo Prefeitinho: “quer a
marca dele no melhor lugar da camisa, mas só quer pagar mil contos de réis”.
Além disso, o clube enfrenta o atraso do repasse do
patrocínio pago pela Prefeitura Municipal de Lagarto (PML) – principal patrocinador –
de R$ 50 mil que é o valor mínimo necessário para pagar a folha de despesas do
clube. Segundo a PML, o repasse será feito assim que o município receber os
impostos oriundos da grandes empresas nele instaladas.
Diante desses fatores o Lagarto espera fechar o mês
de março com um déficit de R$ 34.218,91, sem contar com o déficit dos meses de
janeiro e fevereiro que somam R$ 81.804,70.
Para não ficar no vermelho, a diretoria recorre à agiotagem.
“Cortem
a cabeça do presidente!”
Parafraseando uma frase típica das grandes
revoluções burguesas – como a francesa - em que quando algo não ia bem se
cortava a cabeça do rei. Em relação ao Lagarto FC, o caso não chega a ser tão
violento a ponto de decepar a cabeça do presidente, mas familiares do craque
lagartense Diego Costa já começaram a se articular para retirar do Prefeitinho
a presidência do clube.
Ouça a breve conversa realizada com o segurança do
Lagarto FC, Jorge Tióde, ele é um oficial militar de reserva, trabalha para o
alviverde lagartense há muitos anos, é muito conhecido nas terras de Sílvio
Romero e possui um bom contato com diversos membros da sociedade.
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O oficial de reserva reafirmou tudo o que ouviu do irmão do craque |
Durante a entrevista ele nos contou um pouco sobre as articulações em torno da diretoria do Lagarto, bem como das suas expectativas em relação ao grupo neste popular Quadrangular da Morte.
Até o fechamento desta reportagem não conseguimos entrar
em contato com o Jair Costa. Em resposta, Prefeitinho afirmou: “Que não vai
entregar o time tão fácil assim”.
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