terça-feira, 15 de março de 2016

Lagarto FC: Do Hexagonal ao Quadrangular da Morte

Por Thiago Farias

Na tarde do último sábado (12), a equipe do Lagarto Futebol Clube foi até o município de Tobias Barreto para enfrentar o Amadense no estádio Brejeirão pela primeira rodada do Quadrangular da Permanência. Na ocasião, o alviverde empatou o jogo em 1 a 1 estando com um jogador a mais em campo.




A história parece normal, mas não é. Desde que a temporada 2016 começou, o Lagarto FC vem perdendo ou empatando jogos com os seus adversários dentro e/ou fora de “casa”. Na primeira fase do Sergipão 2016, o time lagartense só conseguiu vencer uma equipe, obter três empates e cinco derrotas. Com isso, o referido foi obrigado a disputar o popular “quadrangular da morte” – que dá acesso a segunda divisão ou a Copa Governador do Estado -, mas a sua estreia ascendeu novamente a luz vermelha porque o time, como em praticamente toda a primeira fase do Sergipão 2016, quase não jogou bola no segundo tempo. Em 2015, o Lagarto FC terminou a sua apresentação no referido campeonato em terceiro lugar.

Diante desta situação difícil, a nossa equipe foi conversar com o presidente do Lagarto FC, Aloísio Andrade, o popular Prefeitinho, que em sua avaliação sobre a atuação do clube em 2016 afirmou que: “A atuação do Lagarto em relação ao do ano passado não foi boa. E se fossemos dar uma nota, eu daria nota três ao Lagarto”. O presidente acredita que “faltou entrosamento, união dos jogadores e muitas deficiências dos treinadores que por lá passaram” para alcançar o resultado esperado tanto pelo clube, quanto pela torcida. Sem falar

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Questionado sobre os erros cometidos, Prefeitinho disse que além de fatores como a desunião da equipe, e a falta de adaptação dos jogadores aos dois treinadores, a escolha dos atletas pelos técnicos que por lá passaram colaboraram para os resultados. O Lagarto já teve dois treinadores: O Edmilson Santos, e o Carlinhos Riachão – Hoje auxiliar técnico do time -, mas vale ressaltar que antes da temporada começar, a maioria do elenco foi escolhida pelo técnico Elenilson Santos que decidiu não comandar o alviverde antes do inicio da temporada, e quando o Edmilson chegou trouxe consigo mais sete jogadores. Após um pequeno período, o time dispensou em torno de oito jogadores, e contratou seis que estão distribuídos pelos três setores do campo, mas segundo o atual técnico, Williams Rodrigues, “o time precisa de alguns reforços no meio campo”.

Desde que chegou, o Técnico Williams Rodrigues – conhecido por salvar equipes do rebaixamento – vem fazendo alguns ajustes no Lagarto. Em duas semanas de trabalho, o treinador empatou com o Confiança – campeão da primeira fase - e com o Amadense, ele já trouxe dois jogadores para o time – Muribeca e Wanderson -, pediu mais jogadores, mas devido a atual situação, a diretoria alega não ter dinheiro.

Cofres vazios

 A falta de dinheiro no caixa do time se deve a elementos como: pagamento de dívidas deixadas pelos antigos dirigentes do Atlético Clube Lagartense – hoje Lagarto FC -; contratação, transferência e dispensa de jogadores; despesas com transporte, e funcionários do estádio Mendonção – atual casado clube lagartense’ -; a fuga dos torcedores do campo, e o corte de verbas oriundos dos patrocinadores que segundo Prefeitinho: “quer a marca dele no melhor lugar da camisa, mas só quer pagar mil contos de réis”.

Além disso, o clube enfrenta o atraso do repasse do patrocínio pago pela Prefeitura Municipal de Lagarto (PML) – principal patrocinador – de R$ 50 mil que é o valor mínimo necessário para pagar a folha de despesas do clube. Segundo a PML, o repasse será feito assim que o município receber os impostos oriundos da grandes empresas nele instaladas.

Diante desses fatores o Lagarto espera fechar o mês de março com um déficit de R$ 34.218,91, sem contar com o déficit dos meses de janeiro e fevereiro que somam R$ 81.804,70.  Para não ficar no vermelho, a diretoria recorre à agiotagem.

“Cortem a cabeça do presidente!”

Parafraseando uma frase típica das grandes revoluções burguesas – como a francesa - em que quando algo não ia bem se cortava a cabeça do rei. Em relação ao Lagarto FC, o caso não chega a ser tão violento a ponto de decepar a cabeça do presidente, mas familiares do craque lagartense Diego Costa já começaram a se articular para retirar do Prefeitinho a presidência do clube.

Ouça a breve conversa realizada com o segurança do Lagarto FC, Jorge Tióde, ele é um oficial militar de reserva, trabalha para o alviverde lagartense há muitos anos, é muito conhecido nas terras de Sílvio Romero e possui um bom contato com diversos membros da sociedade.
O oficial de reserva reafirmou tudo o que ouviu do irmão do craque

Durante a entrevista ele nos contou um pouco sobre as articulações em torno da diretoria do Lagarto, bem como das suas expectativas em relação ao grupo neste popular Quadrangular da Morte.

Até o fechamento desta reportagem não conseguimos entrar em contato com o Jair Costa. Em resposta, Prefeitinho afirmou: “Que não vai entregar o time tão fácil assim”.

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