terça-feira, 15 de março de 2016

Dupla jornada: Universitários que trabalham

Por Sara Andrade

O tempo gasto pelos alunos em sua dupla jornada provoca desgaste físico e prejudica o desempenho nos assuntos acadêmicos.

Universidade Federal de Sergipe, foto de Sara Andrade.


Pra conseguir estudar para provas e realizar trabalhos, esses jovens sacrificam o sono e passam dias sonolentos, isso pode acarretar em acidentes de trabalho. A tese de doutorado ‘O trabalho de jovens universitários e repercussões no sono e na sonolência: trabalhar e estudar afeta diferentemente homens e mulheres?’ da bióloga Roberta Nagai Manelli defendida em dezembro de 2009, indica que durante os dias úteis há acúmulo de sono e aos fins de semana esses jovens sofrem “rebote de sono”.

Há pessoas que precisam dormir mais de 8 horas por noite e também há outras que dormem menos. A redução do sono provoca sonolência durante o dia e prejudica o desempenho em atividades. 

Em contato com o jovem Wander Costa que reside atualmente em Aracaju, 19 anos, o mesmo relatou por meio de uma conversa do WhatsApp sobre sua rotina: Acorda às 04h00min, 05h20min vai para rodoviária e chega na universidade às 07h00min, às 13h00min volta para Aracaju, chega às 15h00min e vai direto para o trabalho. A jornada no trabalho finaliza às 21h20min, o estudante chega a sua casa por volta de 22h30min. 
 
Wander é estudante do curso Sistema da Informação na Universidade Federal de Sergipe do campus de Itabaiana. “Estudar a gente tenta, alguns dias eu não durmo pra estudar, por exemplo, a quarta e a quinta, eu viro. Estudo a noite toda e depois vou direto para faculdade. Nos outros dias é mais difícil, então estudo até meia noite e acordo às 04h00min. Geralmente eu durmo de 5 a 3 horas por dia”, diz Wander em conversa via WhatsApp.

Leia mais: O que é o distúrbio do sono? 
                
                 Auxílios e Bolsas   

                Universitários que trabalham estudam menos de 5h por semana em casa

Nenhum comentário:

Postar um comentário