Por Lucas Honorato
Um fenômeno que atinge diversos setores
nos últimos meses: a crise econômica. De serviços ao comércio, a queda no ritmo
de negociações é evidente. Em Sergipe, os levantamentos sobre as vendas são
unanimes: houveram quedas. Mas, o ritmo sofreu variações entre os lojistas dos
shoppings.
Em vias gerais, o comércio varejista
registrou queda de 10,3% nas vendas em comparação com janeiro do ano passado,
segundo o IBGE. Nos shoppings, dados da ABRASCE (Associação Brasileira de
Shoppings Centers) revelam que mesmo com o saldo positivo nos indicadores de
vendas, o crescimento se deu abaixo da inflação. A expansão de 6,5% nas vendas
contrasta com um encolhimento no mercado de aproximadamente 4%.
A gerente de uma loja de roupas casual e
formal, Edênia Costa, revela que no ano passado as vendas foram satisfatórias,
mas que em 2016 o volume de vendas tem sofrido oscilações: “Os meses passado e retrasado
[fevereiro e janeiro] tiveram quedas nas vendas. Em 2015, todos os meses vendemos
mais do que no ano retrasado”, comenta. Ela complementa que as ações como
sorteios e promoções realizadas pelo shopping colaboraram com o impulso das
vendas.
Os efeitos da crise foram vistos em
Sergipe. No centro comercial, a última unidade no estado uma rede de lojas de
departamentos fechou em outubro do ano passado. Foram 23 anos de operação. Nos
shoppings, mesmo com a abertura de novas operações, outras encerraram as
atividades. Antes dessas novas aberturas, foi possível notar o surgimento de
espaços vagos durante alguns meses.
Em um shopping na região metropolitana,
a gerente de uma unidade de outra rede que atua no mesmo segmento, Mara da
Silva, comenta que as vendas apresentaram quedas nos últimos meses: “Comparado
ao ano de 2014 houve queda em vendas e em ticket médio”, disse. Para ela, ações
realizadas pelos shoppings não tem alcançado o efeito esperado devido a
contenção nas despesas por parte dos clientes. Ela complementa que mesmo não
havendo demissões na loja, outras unidades em diferentes estados foram mais
afetadas pelo momento econômico e tiveram as operações encerradas.
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