domingo, 13 de março de 2016

Queda nas vendas é percebida de forma diferente pelos lojistas de shoppings em Sergipe

Por Lucas Honorato

Um fenômeno que atinge diversos setores nos últimos meses: a crise econômica. De serviços ao comércio, a queda no ritmo de negociações é evidente. Em Sergipe, os levantamentos sobre as vendas são unanimes: houveram quedas. Mas, o ritmo sofreu variações entre os lojistas dos shoppings.

Em vias gerais, o comércio varejista registrou queda de 10,3% nas vendas em comparação com janeiro do ano passado, segundo o IBGE. Nos shoppings, dados da ABRASCE (Associação Brasileira de Shoppings Centers) revelam que mesmo com o saldo positivo nos indicadores de vendas, o crescimento se deu abaixo da inflação. A expansão de 6,5% nas vendas contrasta com um encolhimento no mercado de aproximadamente 4%.

A gerente de uma loja de roupas casual e formal, Edênia Costa, revela que no ano passado as vendas foram satisfatórias, mas que em 2016 o volume de vendas tem sofrido oscilações: “Os meses passado e retrasado [fevereiro e janeiro] tiveram quedas nas vendas. Em 2015, todos os meses vendemos mais do que no ano retrasado”, comenta. Ela complementa que as ações como sorteios e promoções realizadas pelo shopping colaboraram com o impulso das vendas.

Os efeitos da crise foram vistos em Sergipe. No centro comercial, a última unidade no estado uma rede de lojas de departamentos fechou em outubro do ano passado. Foram 23 anos de operação. Nos shoppings, mesmo com a abertura de novas operações, outras encerraram as atividades. Antes dessas novas aberturas, foi possível notar o surgimento de espaços vagos durante alguns meses.

Em um shopping na região metropolitana, a gerente de uma unidade de outra rede que atua no mesmo segmento, Mara da Silva, comenta que as vendas apresentaram quedas nos últimos meses: “Comparado ao ano de 2014 houve queda em vendas e em ticket médio”, disse. Para ela, ações realizadas pelos shoppings não tem alcançado o efeito esperado devido a contenção nas despesas por parte dos clientes. Ela complementa que mesmo não havendo demissões na loja, outras unidades em diferentes estados foram mais afetadas pelo momento econômico e tiveram as operações encerradas.

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