segunda-feira, 14 de março de 2016

Icônica: Ruth de Souza e sua brilhante carreira


Icônica: Ruth de Souza e sua brilhante carreira


Em 12 de maio de 1921 nascia Ruth Pinto de Souza, carioca, empoderada! Ainda muito nova morou numa fazenda localizada em uma pequena cidade do interior de Minas Gerais com sua família, até a morte de seu pai. Após o ocorrido, Ruth e sua mãe voltaram ao Rio de janeiro e passaram a morar em uma vila de lavadeiras e jardineiras, em Copacabana.

Ruth se interessou pelo teatro ainda muito jovem, assistindo a recitais no Municipal. Através da Revista Rio, toma conhecimento do grupo de atores liderado por Abdias do Nascimento, o Teatro Experimental do Negro. A partir daí, une-se ao grupo e faz sua estreia em O imperador Jones, de Eugene O’Neill, em 8 de maio de 1945, no palco do Municipal.



Ao ser indicada, Ruth ganha uma bolsa para estudar na Fundação Rockefeller e passa um ano em Harvard, nos EUA, e na academia Nacional do Teatro Americano, em Nova York. Além disso, em 1948 Ruth foi indicada por Jorge Amado para atuar no filme Tela Violenta, adaptação do seu romance Terras do Sem Fim.

A atriz participou de diversas produções das empresas pioneiras do ramo cinematográfico: Atlântida, Maristela Filmes e Vera Cruz. Na Atlântida, Falta Alguém no Manicômio (1948) e Também Somos Irmãos (1959), de José Carlos Burle, e A Sombra da Outra (1950), de Watson Macedo. Ruth foi convidada para compor o elenco fixo da Vera Cruz, atua em Ângela (1951), Terra é Sempre Terra (1952) e Sinhá Moça (1953), dirigidos por Tom Payne, e Candinho (1954), de Abílio Pereira de Almeida, estrelado por Mazzaropi. Por seu ótimo desempenho em Sinhá Moça, torna-se a primeira atriz brasileira indicada para prêmio internacional: o Leão de Ouro, no Festival de Veneza de 1954.

Depois de atuar em radionovelas, a diva trabalhou nos teleteatros da Tupi e da Record. Em 1969 passou a integrar o elenco da TV Globo e nela se torna a primeira atriz negra a protagonizar uma novela: A Cabana do Pai Tomás, junto com Sérgio Cardoso.



Por: Caroline Matos

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