terça-feira, 15 de março de 2016

Quando o rock vinga no “País do Forró”


Por Elisa Lemos 
imagem divulgação

O som do triângulo virou o som da bandeja na bateira. O som da viola ganhou força nas notas e foram estacionar na guitarra. Mas o sotaque arrastado que acompanha todo e qualquer pé de serra continuaram ali, mesmo compondo um rock. Em 2004, no interior de Sergipe, estado conhecido como o “País do Forró”, nasce (e vinga) o rock da The Baggios.
Tendo na sua primeira formação os músicos Júlio Andrade (guitarra e voz) e Lucas Goo (bateira), a The Baggios surgiu em homenagem a um músico andarilho da cidade histórica onde a banda nasceu -São Cristóvão – tal personagem conhecido por Baggio, influenciou toda uma geração e, consequentemente, deu o nome à banda.  Dois anos após a formação, Lucas Goo alça outros vôos e deixa as baquetas da Baggios nas mãos do Elvis Boamorte – nesse momento a banda, finalmente, grava o seu primeiro EP intitulado Demo.
Após mais dois anos de carreira e já com uma boa bagagem nas costas a banda passa por nova organização. Agora o Elvis deixa seu posto na equipe e a bateria recebe seu novo membro, que continua até os dias de hoje: Gabriel Carvalho. Durante esse período são desenvolvidos trabalhos que ajudaram a construir a identidade da equipe como: Hard Times (2008), The Baggios (2011), Acústico Aperipê (2012), Sina (2013) e 10 anos Depois (2015) - esse ultimo foi gravado junto com o primeiro DVD da banda, que carrega o mesmo nome do CD. O dia dessa gravação parou a cidade, lotou o Teatro Atheneu e deixou muitos do lado de fora.  Foi um grande evento tanto para os fãs da Baggios quanto para os músicos que ficaram surpresos com o resultado do evento.
Após dez anos de carreira, lutas por espaço para expor seus trabalhos, shows pelo estado e gravação dos seus primeiros clipes, a banda foi convidada a abrir um dos maiores festivais de música do mundo: o Lollapalooza. Além disso, estão se preparando para o Festival Latinoamérica 360 - tentando voar além das fronteiras nacionais.

 A mescla do forte sotaque com as letras que, em vários momentos, contam as histórias da terra faz com o que o ouvinte se transporte e se entregue a música. A criatividade das composições faz com que o público fique ansioso pelo próximo trabalho. A desenvoltura dos músicos no palco envolve a plateia. E o sucesso é só a dedicação vingando. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário