Por Elisa Lemos
O som do triângulo virou o som da
bandeja na bateira. O som da viola ganhou força nas notas e foram estacionar na
guitarra. Mas o sotaque arrastado que acompanha todo e qualquer pé de serra
continuaram ali, mesmo compondo um rock. Em 2004, no interior de Sergipe, estado conhecido como o “País do
Forró”, nasce (e vinga) o rock da The Baggios.
Tendo na sua primeira formação os músicos Júlio Andrade
(guitarra e voz) e Lucas Goo (bateira), a The Baggios surgiu em homenagem a um
músico andarilho da cidade histórica onde a banda nasceu -São Cristóvão – tal
personagem conhecido por Baggio, influenciou toda uma geração e,
consequentemente, deu o nome à banda.
Dois anos após a formação, Lucas Goo alça outros vôos e deixa as
baquetas da Baggios nas mãos do Elvis Boamorte – nesse momento a banda,
finalmente, grava o seu primeiro EP intitulado Demo.
Após mais dois anos de carreira e já com uma boa bagagem nas
costas a banda passa por nova organização. Agora o Elvis deixa seu posto na
equipe e a bateria recebe seu novo membro, que continua até os dias de hoje:
Gabriel Carvalho. Durante esse período são desenvolvidos trabalhos que ajudaram
a construir a identidade da equipe como: Hard Times (2008), The Baggios (2011), Acústico Aperipê (2012), Sina (2013) e 10 anos Depois (2015) - esse ultimo foi gravado
junto com o primeiro DVD da banda, que carrega o mesmo nome do CD. O dia dessa
gravação parou a cidade, lotou o Teatro Atheneu e deixou muitos do lado de
fora. Foi um grande evento tanto para os
fãs da Baggios quanto para os músicos que ficaram surpresos com o resultado do evento.
Após dez anos de carreira,
lutas por espaço para expor seus trabalhos, shows pelo estado e gravação dos
seus primeiros clipes,
a banda foi convidada a abrir um dos maiores festivais de música do mundo: o Lollapalooza. Além
disso, estão se preparando para o Festival Latinoamérica
360 - tentando
voar além das fronteiras nacionais.
A mescla do forte sotaque com as letras que,
em vários momentos, contam as histórias da terra faz com o que o ouvinte se
transporte e se entregue a música. A criatividade das composições faz com que o
público fique ansioso pelo próximo trabalho. A desenvoltura dos músicos no
palco envolve a plateia. E o sucesso é só a dedicação vingando.
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