Por Ananda Boaventura
A
primeira onda do movimento feminista se iniciou no século XIX até o início do
século XX. No Brasil ele foi introduzido por Nísia Floresta em meados do século
XIX. Desde o seu surgimento, o movimento ajudou a alcançar muitas vitórias,
como o direito ao voto e a participação no mercado de trabalho. Dentre as suas
principais lutas estão os direitos de contrato, a propriedade do corpo, a
autonomia e integridade do seu corpo, direito ao aborto (em algumas correntes)
e proteção da mulher contra a violência doméstica, assédio sexual e estupro. O
feminismo moderno também aborda a relação de liberdade do corpo com a
sexualidade da mulher, tendo apoio do movimento contra a homofobia. Este afirma
que a mulher pode ser homo ou bissexual e assumir-se dessa maneira, garantindo
sua autonomia sexual.
Em
suma, o feminismo procura alcançar a independência feminina e a igualdade entre
os gêneros que foram perdidos ao longo do desenvolvimento da sociedade. O
professor de Francisco de Assis, do departamento de História da UFS, cita que
na Idade Antiga as mulheres eram prestigiadas e possuíam poder por representar
a fertilidade e a capacidade de serem mães, porém esta relação se transformou ao
longo do tempo e hoje as mulheres precisam lutar para conseguir visibilidade na
sociedade. Ele também afirma que a luta do movimento feminista já conseguiu
muitas vitórias, sendo a principal a do sufrágio feminino. Entretanto, nos dias
atuais o movimento parece estar mais frágil e necessita do antigo foco para
continuar com as conquistas.
No
Brasil, dois movimentos possuem destaque, um deles é a Marcha das Margaridas
que consiste principalmente no protesto contra a exploração das trabalhadoras
do campo. O outro, Marcha das Vadias, possui uma face mais provocadora, grande
parte das ativistas se apropria dos ataques que recebem e os subverte ao invés
de usar um discurso politicamente correto. A principal característica dele são
as manifestantes que usam a vestimenta como forma de protesto, seja com roupas
consideradas provocativas ou até seminuas. Esta marcha teve início em 2011 no
Canadá e logo chegou ao Brasil, tornando-se assim, uma tendência global.
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