Por Daniela Pinheiro
A hipertensão arterial sistêmica afeta a vida de muitos brasileiros, de acordo com a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico – Vigitel 2012, 24,3% da população têm hipertensão arterial, contra 22,5% em 2006, ano em que foi realizada a primeira pesquisa.
"Comecei a ter sintomas de hipertensão depois que perdi minha mãe em meus braços, fiquei um bom tempo com depressão e depois disso surgiu a pressão alta na minha vida, e hoje, vivo também em função disso", conta, em um momento de tristeza no olhar, a aposentada e aluna do projeto "Coração Ativo" da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Maria Edite Chagas, 58.
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Na foto, Maria Edite Chagas Foto: Daniela Pinheiro |
O PROJETO
O projeto de extensão Coração Ativo, surgiu através de várias pesquisas dos alunos e professores do departamento de Educação Física da UFS, a partir da ideia central a qual eles se propuseram a pesquisar, a hipertensão. De acordo com os estudos, eles perceberam que exercícios físicos corretos, aliados a um controle medicamental consciente, poderia ajudar na circulação sanguínea e na pressão arterial dos indivíduos que possuem hipertensão, dessa forma aliado ao projeto de pesquisa, desenvolveram mecanismos práticos que melhoram a qualidade de vida dos voluntários hipertensos.
Todas as segundas, quartas e sextas-feiras, os alunos vão a UFS em busca de um controle na sua vida hipertensa. Antes de começar os exercícios os monitores e bolsistas do projeto, auxiliam na medição da pressão arterial de cada participante, e também fazem testes de estresses, pois, de acordo com isso, eles podem perceber e defender a tese sustentada, a qual, afirmam que atividade física acompanhada de um preparador físico ou um profissional de educação física, aliado a um convívio social, pode controlar a pressão arterial durante os treinos e também posteriormente.
A faixa etária dos participantes varia de 55 anos à acima disso, porque existem outros projetos na Universidade que podem ajudar alunos abaixo desse índice, e o monitor do projeto, Erik de Cerqueira argumenta um pouco mais, "tentamos alcançar pessoas que estão próximas de se tornarem idosa, porque acreditamos que mulheres abaixo dessa faixa, nos seus 30 anos, ainda não chegaram na menopausa, e, existem outros projetos na UFS que abrangem esse público e até para homogenizar o nosso público, a gente coloca essa faixa mínima".
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Erik de Cerqueira, monitor do projeto Foto: Daniela Pinheiro |
O projeto começou em 2014, são distribuídas em cada turma 22 alunos (70 por ano), ao qual a grande maioria são mulheres, isso em vista de que, no início do projeto, o público alvo era justamente mulheres. Os colaboradores e professores realizam um processo contínuo de trabalho aeróbico junto a uma força resistida, isso, a nível de estudo, segundo eles, auxilia em resultados significantes com relação a pressão arterial, tanto para a hipertensão aguda como também a crônica.
SATISFAÇÃO
A Dona Terezinha dos Santos, 63, é uma professora aposentada, ela convive com a doença há 10 anos , ela conta que também possui outra doença (diabetes), e, que conheceu o projeto através de uma amiga que também é professora que a indicou à participar. "Depois que conheci o projeto e fiquei sabendo das inscrições abertas, me inscrevi em seguida, isso foi em agosto de 2015, e desde então, tem mudado muito tanto na minha pressão arterial como também na minha diabetes, tenho mais equilíbrio no meu corpo e qualidade de vida, para mim é um ideal".
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Na foto, Terezinha dos Santos Foto: Daniela Pinheiro |
"Considero esse projeto muito importante , pois além de subsídios para a nossa pesquisa, temos o saber e o privilégio de ajudar as pessoas, controlando a hipertensão do aluno/paciente que aqui vem disposto a isso. Aqui eu atuo como professor, faço a parte administrativa, que resolve questões digamos burocráticas do projeto, então, fico muito satisfeito em poder colaborar com a pesquisa", fala, Luan Morais Azevêdo, monitor do projeto.
DIAS, HORÁRIOS E INSCRIÇÕES:
As aulas acontecem todas as segundas, quartas e sextas-feiras, nos horários, manhã, das 7 as 8 horas e das 8 as 9 horas, a tarde, das 14 as 15 horas. As inscrições são gratuitas e realizadas no departamento de educação física da Universidade Federal de Sergipe, basta levar os documentos pessoais e disposição para realizar os exercícios ofertados.
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Na foto, participantes e colaboradores do projeto Foto: Daniela Pinheiro |
Leia mais:
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