Josa Vaqueiro do Sertão

 Filho do povoado Jacaré em Simão Dias – SE, o jovem Josa iniciou sua carreira cantando nas feiras daquela cidade, tendo como inspiração Gonzagão, que por destino da vida, se tornaria seu padrinho musical. Ao passar do tempo, Josa começou a se apresentar em programas de Rádio.

(Foto: institutomarcelodeda.com.br)

Carlitos Mello, famoso radialista na época, chamava o forrozeiro de Simão Dias de Josa Sanfoneiro, mas o Vaqueiro do Sertão não largava do chapéu de couro e do gibão (espécie de casaco curto, semelhante ao colete, que se veste sobre a camisa). Com suas músicas ficando conhecida em todos o estado, eram enumeras as cartas que chegavam para o sanfoneiro, com todas essas características não deu outra, muda-se o nome para Josa Vaqueiro do Sertão. Destaca Joseane, filha de Josa.

Josa e Luiz Gonzaga: o velho Lula conheceu as músicas do Vaqueiro do Sertão em Caldas de Cipó – BA, não deu outra, levou Josa para gravar, momento muito importante para à carreira de Josa. Com a gravação, os dois ficaram amigos, e através de Luiz Gonzaga, Josa conheceu todo o Brasil. O surgimento do forró de duplo sentidos não teve muita influência na vida artística de Josa, ele seguiu cantando o legítimo Pé de Serra, falando de Deus, da natureza e do homem do campo, diz Joseane.

Composições: Josa não era artista somente de Na Sombra da Vaqueira, Josa era um artista completo. Era cantor e compositor. Com mais de 300 composições, artistas como: Alcymar Monteiro, Mestre Zinho, Clemilda, Erivaldo Carira, Joílson do Acordeom, Zé Américo de Campo do Brito, Joseane de Josa entre outros, gravaram várias músicas do Vaqueira do Sertão.

Areia Branca – SE: já são mais de 50 anos que a música Na Sombra da Jaqueira, carro feche de Josa, serviu de inspiração para ele adotar uma cidade que por muito tempo foi considerada a Capital Nacional do Forro, como sua cidade. Em um de seus diversos shows na cidade de Areia Branca, Josa encontrou uma fazenda na região da Praça Da Pomba com várias jaqueiras. O forrozeiro compra a fazenda, nomeou de Na Sobra da Jaqueira, deixando sua marca naquela região até hoje.

Problemas de saúde: com 86 anos de idade, nos último 12 anos, a saúde do vaqueira não é mais a mesma. No ano de 2011, doenças como Ponte de Safena, AVC e o Alzheimer avançado, deixa o Vaqueiro do Sertão limitado. Um dos principais nomes do forró sergipano vive hoje em uma cama, precisando de atenções médicas. Por muito tempo aquele que colocou multidões para dançarem, hoje não tem condições de levantar da cama sozinho.